Adoçantes: usar ou não usar? É uma questão!

Uma grande amiga minha está grávida e me escreveu preocupada pois suspeitava de Diabetes Gestacional. Uma das dúvidas dela era se podia ou não usar adoçantes em substituição ao açúcar.
Os estudos científicos falam da segurança desses produtos no ser humano. Mas são muitas as substâncias usadas como adoçantes, por isso não podemos generalizar.
Aqui eu trago as que são mais usadas e conhecidas no Brasil:

Cada um apresenta uma característica e a partir delas você pode escolher o que mais satisfaz à sua necessidade.
Como Nutricionista eu só recomendo o uso do adoçante para quem precisa dele. Mas você deve estar se perguntando se alguém precisa dele genuinamente. E eu respondo perguntando: "e alguém precisa do açúcar?". Do açúcar de açucareiro, esse usado para adoçar as coisas não precisa não! Mas tem gente que não deve usar açúcar de jeito nenhum e não sabe como ficar sem a doçura de alguns alimentos. E é aí que entra o adoçante.

Mas se você não tem nenhum problema de saúde e está apenas buscando uma alimentação mais saudável procure sentir o verdadeiro sabor dos alimentos, deixe de lado o açúcar e também o adoçante.

Outra coisa: os adoçantes também são chamados de Edulcorantes, e assim eles são normalmente descritos nos rótulos dos alimentos.

Fica a dica!

Substância	Descoberta	Poder adoçante em relação ao açúcar	Vantagem	Desvantagem	Grávidas podem usar?
Sacarina	1879	400	Rapidamente excretada pelos rins sem ser metabolizada	Sabor amargo	Não
Ciclamato	1950	30 a 140	Sem sabor residual. Resistente a altas temperaturas	Proibido o uso em alguns países como os Estados Unidos	Sem estudos que aprovem ou não
Aspartame	1965	180 a 200	Sabor muito semelhante ao açúcar	Impróprio para os fenilcetonúricos. E pode provocar enxaqueca.	Sim, desde que não tenha fenilcetonúria
Sucralose	1976	600	Pode ser usada para cozinhar	Pode provocar crises de enxaqueca.	Sim
Acessulfame de Potássio	1967	200	Suporta altas temperaturas	Sem sabor residual ruim na boca	Sim, mas são poucos os estudos sobre ele em humanos
Estévia	Por volta de 1900	300	Parece ter efeito anti-hipertensivo	Tem gosto amargo na boca	Sem estudos que aprovem ou não

Fonte: Torloni et al., 2007.

Referência: Torloni MR, Nakamura MU, Megale A, Sanchez VHS, Mano C, Fusaro AS, Mattar R. O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2007; 29(5):267-75.